O fim da Segunda Guerra Mundial foi marcado por um dos mais tristes episódios de todo o conflito: o lançamento de bombas nucleares nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945. Os ataques, ordenados pelo presidente norte-americano Harry S. Truman, foram devastadores e deixaram cerca de 250.000 mortos.
Em 1946, um ano depois dos ataques, o jornalista John Hershey publicou na revista “The New Yorker” a reportagem Hiroshima, na qual entrevistou seis sobreviventes do bombardeamento. Hershey reconstituiu partes da História a partir de relatos humanos e conseguiu mostrar que aquele agosto de 1945 não levou apenas vidas, mas destruiu sonhos e deixou marcas irreparáveis na população. Os 300 mil exemplares da revista semanal se esgotaram rapidamente das bancas e, mais tarde, a reportagem acabou sendo publicada em um livro. “ É um prolongamento da dor silenciosa que os sobreviventes de Hiroshima notaram nos conterrâneos feridos”, disse o jornalista brasileiro Matinas Suzuki no posfácio de uma das edições do livro que traz a reportagem.
Quarenta anos depois da publicação de Hiroshima , Hershey voltou à cidade,reencontrou seus entrevistados, todos ainda vivos, e acrescentou um capítulo extra ao livro, no qual explica o que aconteceu aos hibakushas – as pessoas atingidas pelos efeitos da bomba. A versão completa do livro está disponível no Brasil, na coleção Jornalismo Literário da Companhia das Letras.
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