Debate em Sala

Gustavo Vaz, um de nossos componentes, ouviu atento as opiniões em sala de aula, instigadas pelas perguntas do prof. Emerson. Abaixo, um link para o roteiro dessas opiniões:

Análise dos Debates

Nas últimas duas aulas de História Contemporânea do Brasil, na turma do 1º período, foi discutido todo o período da República Velha brasileira, com um enfoque grande na “Política do Café-com-leite”, que dominou o cenário político brasileiro nas primeiras quatro décadas da republica brasileira. A “política do café-com-leite” consistia em colocar na presidência apenas governantes provenientes de São Paulo e Minas Gerais, os maiores produtores do país de café e leite (os carros-chefe da economia do Brasil), respectivamente. O estado que assumia o poder era definido por um revezamento em paulistas e mineiros nas “eleições”, e tal oligarquia era garantida por meios não muito éticos, como o voto de cabresto, que era chefiado pelos famosos coronéis da época. Durante o período, foram poucas as eleições em que a “Política do Café-com-leite” foi quebrada.

            Na sala de aula, o tema não gerou discussões muito acaloradas (mais pela falta de intimidade dos colegas, do que desinteresse pelo assunto), porém, as discussões que aconteceram mostraram tópicos interessantes. Na sexta-feira (dia 25/2) as discussões na turma envolveram bastante a questão do voto de cabresto existente na República Velha, que decidia eleições em favor da oligarquia dominante (paulistas ou mineiros), nessa conversa a turma percebeu que o coronelismo e a compra de votos foram decisivos na formação do cenário político atual da nação. Na aula também se tocou no assunto do fim da escravidão, onde se comentou bastante que a forma com que foi feita a abolição não foi tão benéfica aos ex-escravos, visto que eles não receberam nenhum apoio para se darem bem na vida, fazendo com que o negro ficasse marginalizado na sociedade atual tupiniquim.

            Na última terça (1/3), as conversas e debates na nossa sala também não foram lá muito extensas, mas quando elas ocorreram a política dependente brasileira com países mais dominantes economicamente foi o fato colocado em pauta. Tudo foi provocado pelo assunto da dependência brasileira com a Inglaterra na década de 20 e a Crise de 29, que acabou com a oligarquia cafeeira no Brasil, já que os EUA (principal comprador do café brasileiro) precisaram cortar gastos, já que estavam com a economia esfacelada e a importação do café foi um desses cortes, fazendo com que a principal renda brasileira fosse para o fogo (literalmente). Com base nisso e fazendo um paralelo com o Brasil atual, os alunos que opinaram sustentaram uma teoria que hoje, o país não é tão dependente economicamente do exterior e consegue manter relações internacionais corretas, ao contrário de década de 20, onde o café (tema principal do nosso grupo nessa 1ª semana do blog) dominava a economia e a do país e também causou um período de trevas devido a já mencionada Crise de 29.