terça-feira, 22 de março de 2011

VIDA SOCIAL E POLÍTICA DO EX PRESIDENTE JÂNIOS QUADROS


Jânio da Silva Quadros nasceu em Campo Grande -  MS, formou-se em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, trabalhou como professor de geografia e algum tempo depois, lecionou Direito Processual Penal na Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Em 1947 teve seu primeiro cargo publico, foi eleito suplente de vereador na cidade de São Paulo. Após a cassação dos mandatos dos parlamentares do Partido Comunista Brasileiro, Jânio pôde assumir uma cadeira na Câmara Municipal, seu mandato durou entre 1948 e 1950. Com isso o sul-mato-grossense ficou conhecido por apoiar a  grande maioria dos  projetos considerados favoráveis à classe trabalhadora. Em função disso foi eleito o mais votado deputado estadual. Entre suas conquistas na política, elegeu-se como prefeito do município de São Paulo, exercendo a função de 1953 a 1955, e também foi governador pelo mesmo estado entre 1955 e 1959.

Janio, foi eleito presidente em 3 de outubro de 1960, pela junção PTN-PDC-UDN-PR-PL, com 5,6 milhões de votos, ele teve a maior votação até então obtida no Brasil, vencendo o oponente marechal Henrique Lott de uma forma arrasadora, com uma diferença  de dois milhões de votos. Quem se elegeu para vice-presidente foi João Goulart , do Partido Trabalhista Brasileiro. O tão querido presidente não tinha nada de especial, não era rico, não tinha padrinhos, não fazia parte de algum clã, não tinha ligação com nenhum tipo de grupo econômico, não era bonito, e nem ao menos simpático. Então o que realmente era Jânio Quadros? Em seu livro – A Renuncia – Hélio Silva expõem sua teoria: “Jânio trazia em si e em sua mensagem, algo que tinha que se realizar. E que excedia, até mesmo excedeu, sua capacidade de realização. Todo um conjunto de valores e uma conjugação de interesses somavam-se em suas iniciativas e aliavam-se, nas resistências que encontrou.”        
Durante seu governo ele propunha a modificação das fórmulas antiquadas, sugeria uma abertura a novos horizontes, o que conduziria o Brasil para uma nova fase de progresso, longe das inflações, mantendo sempre a democracia, uma vez que Janio era considerado anticomunista.
Seu mandato durou apenas 7 meses, quando em 25 de agosto de 1961 o até então presidente renunciou, sem motivos óbvios para tal ação. Mais tarde Janio Quadros contou que sua renuncia havia sido apenas um blefe.
                                                              Por Marcella Borba e Maria Eduarda Fonseca


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