sexta-feira, 18 de março de 2011

Um outro ditador

É inevitável pensar em Segunda Guerra Mundial sem associá-la diretamente à figura de Adolf Hitler. As atrocidades cometidas por esse ditador são mundialmente conhecidas e marcaram gerações, deixando um lastro de horror e crueldade. É verdade que as imagens de milhares de judeus mortos em campos de concentração ilustram bem a magnitude da guerra de 1939. Porém, outros ditadores submeteram seus países à opressão e os fizeram viver, até hoje, sob a sombra de um passado de manipulação. Na Itália, por exemplo, Benito Mussolini fez jus ao termo ditador e é considerado um dos principais fundadores da ideologia fascista. Ainda antes de entrar oficialmente no poder, Mussolini e seus seguidores praticavam o chamado fasci de combattimento (fascismo de combate) e atacavam a esquerda italiana de maneira violenta, oprimindo quaisquer focos de ideais comunistas e socialistas. Após a Marcha sobre Roma, em outubro de 1922, o governo foi oficialmente entregue ao Partido Nacional Fascista e Mussolini tornou-se sinônimo de poder absoluto. Os órgaos de imprensa foram fechados, o poder legislativo foi completamente enfraquecido e a pena de morte foi legalizada. Os partidos políticos opositores entraram na ilegalidade e, entre os anos de 1927 e 1934, milhares de civis foram exterminados.



Tudo caminhava para a soberana liderança de Mussolini, o Duce (líder), mas foi com a eclosão da Segunda Guerra Mundial que o fascismo italiano se aproximou do nazismo alemão. No início dos conflitos, Alemanha e Itália eram aliadas. Porém, em julho de 1943, Mussolini foi derrubado e preso pelo próprio Grande Conselho Fascista e o novo governo italiano declarou guerra aos alemães. Em setembro do mesmo ano, Mussolini foi solto e, com a ajuda de tropas alemãs e de poucos fascistas que ainda lhe eram fiéis, mandou executar seus traidores. Entre eles, estava seu genro.



Em abril de 1945, durante uma tentativa de fuga, Mussolini foi capturado e morto por guerrilheiros antifascistas. Seu corpo, juntamente com o de sua amante e de outros fascistas capturados, foi pendurado de cabeça para baixo em uma estrutura de madeira improvisada e exposto ao público na Praça Loreto, em Milão.


Por Isabela Lucena e Pamela Castilho

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